"Vejo à frente uma multidão
Em canto efervescente
Um só corpo, uma só voz
Contra a exploração de toda a gente
Engolindo fumaça a massa deslancha
Invade ruas, bloqueia avenidas
É uma nação que se levanta
Depois de muito tempo caída
Sob os coturnos opressores da lei
Uma falsa manifestação da ordem
Pronta a esmagar como inseto
Cada cidadão que grita
Clamando por dignidade,
Em busca de justiça
A cidade se movimenta
Somos muitos agora
Balançando a mesma bandeira
Vermelha, intensa, contagiosa
Em cujo centro se lê em letras pretas:
'Liberdade hoje e sempre!'
E cuja defesa nos é tão perigosa."
(Solidariedade a todos os povos que ousam lutar por sua dignidade, a todos aqueles que se levantam contra a injustiça e barbárie no mundo todo e, em especial, aos meus amigos e conterrâneos de São Paulo - Brasil, que hoje vão às ruas com muita coragem e esperança.)
quinta-feira, 13 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Não se ofenda
"Vou fazer parte de outros lugares
Por favor, não se ofenda
Mas a fenda que se abriu entre nós
Já quase me engoliu uma vez
E eu não estou disposto a abusar da sorte
Pensei em tentar algo novo, sabe?
Não faz mal se der errado
Mesmo assim eu ficarei feliz
Unicamente por ter tentado
E não me haver entregue
Aos limites deste destino ingrato
Hoje eu vou além, a perder de vista!
Vou caminhar até estar cansado
Já basta de fingir que ainda dá
Pra remendar nosso pobre passado
Você pode me rogar uma praga
Se isso te fizer feliz
Ou se preferir,
Pode espalhar por aí que eu sou um cretino
Não me importo mais meu bem
Com o que vai te fazer sorrir ou chorar
Hoje eu só quero andar despreocupado
Pra bem longe de toda a sua complicação
E se for o caso, se assim o acaso quiser
Eu ei de esquecer-te bem rápido
Nos braços de uma outra mulher."
Por favor, não se ofenda
Mas a fenda que se abriu entre nós
Já quase me engoliu uma vez
E eu não estou disposto a abusar da sorte
Pensei em tentar algo novo, sabe?
Não faz mal se der errado
Mesmo assim eu ficarei feliz
Unicamente por ter tentado
E não me haver entregue
Aos limites deste destino ingrato
Hoje eu vou além, a perder de vista!
Vou caminhar até estar cansado
Já basta de fingir que ainda dá
Pra remendar nosso pobre passado
Você pode me rogar uma praga
Se isso te fizer feliz
Ou se preferir,
Pode espalhar por aí que eu sou um cretino
Não me importo mais meu bem
Com o que vai te fazer sorrir ou chorar
Hoje eu só quero andar despreocupado
Pra bem longe de toda a sua complicação
E se for o caso, se assim o acaso quiser
Eu ei de esquecer-te bem rápido
Nos braços de uma outra mulher."
terça-feira, 11 de junho de 2013
Cecília
"Antes de você eu aqui já estava
Mas como poderia imaginar
Amar alguém tanto assim
Eu não imaginava
Tive medo, pequena
Quando soube que virias
Inevitavelmente certa
Fazer parte deste mundo
Todos sorriam e me batiam às costas
Intorrompendo o meu temor com felicitações breves
Às quais nunca tive resposta
Desde cedo só pude pensar em você
Em como seria, enfim, tê-la aqui
Vê-la sorrir e chorar indefesa
A espera foi difícil,
Mas enfim chegou o grande dia
Correria, desespero, angústia
As chaves do carro, a carterinha, a máquina!
E lá estávamos nós,
A caminho de um novo começo
Após longos meses imaginando
Criando hipóteses
Sobre o tão esperado momento
Do lado de fora, aguardando
A certeza de que em breve a teria em meus braços
Crescia sem pudor em arritmia
Quebrando o compasso em meu peito,
Fazendo meu coração em pedaços
Teu primeiro choro agúdo e feroz
Quebrou o silêncio nos quatro cantos do mundo
Acordando a cidade de seu sono cansado (...)"
Mas como poderia imaginar
Amar alguém tanto assim
Eu não imaginava
Tive medo, pequena
Quando soube que virias
Inevitavelmente certa
Fazer parte deste mundo
Todos sorriam e me batiam às costas
Intorrompendo o meu temor com felicitações breves
Às quais nunca tive resposta
Desde cedo só pude pensar em você
Em como seria, enfim, tê-la aqui
Vê-la sorrir e chorar indefesa
A espera foi difícil,
Mas enfim chegou o grande dia
Correria, desespero, angústia
As chaves do carro, a carterinha, a máquina!
E lá estávamos nós,
A caminho de um novo começo
Após longos meses imaginando
Criando hipóteses
Sobre o tão esperado momento
Do lado de fora, aguardando
A certeza de que em breve a teria em meus braços
Crescia sem pudor em arritmia
Quebrando o compasso em meu peito,
Fazendo meu coração em pedaços
Teu primeiro choro agúdo e feroz
Quebrou o silêncio nos quatro cantos do mundo
Acordando a cidade de seu sono cansado (...)"
Carta para ela
"Quando eu partir levarei comigo a saudade,
Para que ela não lhe cause nenhum incômodo
Prometo colocá-la na bagagem comum das lembranças
Ao lado das outras tantas que ei de guardar
Quero a primavera,
Para ver novamente alegria estampada em cores
No perfume das flores a nos enfeitiçar
Quero cantar uma última canção pra você
Que me faça esquecer a tristeza
No derradeiro momento
E em silêncio acariciar teu olhar
Antes de finalmente dizer adeus
Quando eu partir, meu amor
Peço que não se parta
Tudo não passará de uma imperfeição,
Uma pequena falha do destino
Que sem querer nos fará distantes
Durante um breve momento
Não mais amantes
Até lá, deixo de querer
Abro mão das previsões tristes
E de minhas pretensões poéticas
Pois ainda há tanto tempo,
Tantas coisas que preciso lhe dizer
Mas sempre me perco antes de começar
Confuso a articular mil maneiras
De demonstrar a felicidade que sinto
Quando me surpreendo distante
A pensar em nós
E em todo o restante
Talvez seja um grande erro
Fugir do nosso plano
Tentando adivinhar o futuro
Ou decifrar o presente
Em busca de um porto seguro
Talvez seja sim um engano
Por isso me contenho
Aqui, agora
Nessa mesma estrofe
Retenho em mim essa vontade alucinante
De lhe traduzir em palavras tudo o que sinto
E deixo uma única,
Mas absoluta certeza:
Toda a beleza destes versos
Eu devo a você."
Para que ela não lhe cause nenhum incômodo
Prometo colocá-la na bagagem comum das lembranças
Ao lado das outras tantas que ei de guardar
Quero a primavera,
Para ver novamente alegria estampada em cores
No perfume das flores a nos enfeitiçar
Quero cantar uma última canção pra você
Que me faça esquecer a tristeza
No derradeiro momento
E em silêncio acariciar teu olhar
Antes de finalmente dizer adeus
Quando eu partir, meu amor
Peço que não se parta
Tudo não passará de uma imperfeição,
Uma pequena falha do destino
Que sem querer nos fará distantes
Durante um breve momento
Não mais amantes
Até lá, deixo de querer
Abro mão das previsões tristes
E de minhas pretensões poéticas
Pois ainda há tanto tempo,
Tantas coisas que preciso lhe dizer
Mas sempre me perco antes de começar
Confuso a articular mil maneiras
De demonstrar a felicidade que sinto
Quando me surpreendo distante
A pensar em nós
E em todo o restante
Talvez seja um grande erro
Fugir do nosso plano
Tentando adivinhar o futuro
Ou decifrar o presente
Em busca de um porto seguro
Talvez seja sim um engano
Por isso me contenho
Aqui, agora
Nessa mesma estrofe
Retenho em mim essa vontade alucinante
De lhe traduzir em palavras tudo o que sinto
E deixo uma única,
Mas absoluta certeza:
Toda a beleza destes versos
Eu devo a você."
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Último olhar
"Aos poucos foi passando sem dar tchau, como as tarde de domingo que vem e vão sem a gente se dar conta. Eu sentado quieto a vi caminhando devagar, os ombros muito retos, em perfeita simetria com o horizonte à sua frente. Seus passos firmes e constantes fingiam saber para onde iam quando, na verdade, nenhum de nós sabia. Até hoje me pergunto como não percebi, na ocasião, que naqueles passos não havia espaço para arrependimento e que aquele caminhar era de fato um Adeus a ecoar cada vez mais distante. Fiquei observando até que chegou à esquina e parou. Antes de seguir, virou-se - seus cabelos balançaram, me lembro - lançou-me um último olhar e aquele foi, sem dúvida, o olhar mais brilhante que já vi. Uma pena foi não conseguir decifrá-lo, e continuar a pensar nele até agora."
sábado, 8 de junho de 2013
Sério?
"Dessa vez é sério, percebi isso quando vi que havia apagado todos os poemas, os nossos poemas. Enquanto eu, muito calmo, mantinha acesa a velha chama, ela soprava e soprava até ficar vermelha e perder o ar, quase caindo de tontura."
sexta-feira, 7 de junho de 2013
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