"Escrevo para ela em segredo
Com medo que saibas de mim,
O outro eu que ama calado
O outro eu que ama calado
Perseverante, moldando palavras
Aos limites que o amor encontra
Aos limites que o amor encontra
Ao dar-se conta que existe
E é inevitavelmente verdadeiro
E é inevitavelmente verdadeiro
Com suas espessas raízes
Brotando do coração aos montes
Brotando do coração aos montes
Em estrondoso êxtase
Até os limites da pele cálida
Até os limites da pele cálida
Ouriçada de prazer intenso
Por sentir em seu interior borbulhante
Como milhões de balões enlouquecidos
Por sentir em seu interior borbulhante
Como milhões de balões enlouquecidos
O amor incontido, violento,
Prestes a rompê-la impetuosamente
Prestes a rompê-la impetuosamente
Rumando em direção a ti,
Idealizado em fragmentos de poesia esparsa
Idealizado em fragmentos de poesia esparsa
Entre sinônimos dissimulados
Em estrofes absurdamente ambíguas
Em estrofes absurdamente ambíguas
Que me atravessam dissonantes
Nas indecifráveis marés vindas de longe
Nas indecifráveis marés vindas de longe
Da encruzilhada de terras
Em que homem algum habitou em vida
Em que homem algum habitou em vida
Onde a razão encontra o seu oposto
Nessa desmedida emoção
Que aos poucos me consome."
Nessa desmedida emoção
Que aos poucos me consome."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário!