"É você que me falta
Sempre, todas as vezes distante
Caminhando muito elegante e altiva
É o perfume de sua vermelha flor
Que atravessa as paredes da casa
E me invade bruscamente na primavera
São todas as canções de amor
Aquelas que eu não posso esquecer
Que me habitam completamente a memória
Fazendo acelerar meu coração muito depressa e feliz
Os dias não são suficientes para imaginar
Ou mesmo para escutar através do silêncio da rua
Onde você tinha o hábito de passar
As palavras fieis, aquelas lá que eu vejo
Elas estão a cada vez mais distantes e descrentes
Longes o suficiente para ter às mãos
Como o sangue, como a prova
Do nosso crime apaixonado
É o meu sorriso que desapareceu na noite
Como as estrelas nas negras nuvens
Quando você partiu ao mundo sem piedade
Sem ao menos me enviar um sinal de adeus
É porque eu escrevo
As lembranças do passado
As alegrias que nós compartilhamos juntos
E é óbvio que elas estão mortas em nosso interior
Como as flores no jardim abandonado
Mas enquanto eu puder me lembrar
Me recusarei a enterrá-las."
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