sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Metrópole

"Guilherme, 21
Alto, magro, pele suja
Traz na face um sorriso amargo
De dentes podres
Envolto em sua manta
De poluição, miséria e abandono

Não sente fome
Não sente frio
Não sente ódio
Só um vazio

Seus pulmões carregados
Na beira da pista
Sem casa,
Sem carro,
Só catarro

Sozinho na pedra
Afundado na merda
Da grande, rica 
E indiferente metrópole."

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